CASOS DE CONJUNTIVITE CRESCEM NO VERÃO
19 de janeiro de 2023
Estamos na estação do verão, período marcado pelas férias escolares, idas à praia, clubes e outras atividades de lazer. Entretanto, a época marca também a chegada de algumas doenças sazonais (enfermidades que ocorrem em determinadas temporadas do ano). Entre as infecções mais recorrentes deste tempo está a conjuntivite.
De acordo com a Doutora Martha Solange Vieira Bergamo, Oftalmologista do Ambulatório Cambuci, a conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana fina e transparente que reveste a frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras, sendo causada por bactérias, vírus e alergias. “Em geral, ataca os dois olhos e não costuma deixar sequelas, podendo ser aguda ou crônica”.
Para diferenciar a conjuntivite de uma simples irritação ocular, a consulta com o especialista é essencial, pois o diagnóstico costuma ser clínico, usando a lâmpada de fenda (fonte de luz de alta intensidade, em conjunto com um microscópio). Esses recursos permitem a observação das estruturas frontais do globo ocular.
A conjuntivite se divide em:
Viral: Tipo mais comum e a mais contagiosa, podendo resultar em grandes surtos. Pode ser causada por diversos tipos de vírus, como herpes simplex, varicella-zoster vírus e adenovírus;
Bacteriana: Causada por certas bactérias, como estafilococos e pneumococos. É mais comum em crianças do que em adultos. Pode vir acompanhada de infecção no ouvido;
Alérgica: Ocorre por fatores alérgenos para o paciente, como pólen, ácaros, medicamentos ou cosméticos. Não é contagiosa, e ocorre com mais frequência em pessoas com outras condições alérgicas, como rinite alérgica, asma e eczema.
Podemos identificar o tipo de conjuntivite pela cor da secreção, mas para um diagnóstico preciso é necessário buscar um oftalmologista.
“Um dos sinais mais marcantes de todos os tipos de conjuntivite é a vermelhidão nos olhos. Podemos destacar ainda: coceira na região ocular; lacrimejamento; secreções purulentas; inchaço nas pálpebras; fotofobia (aversão a luz em decorrência da dor); pálpebras grudadas ao acordar e visão turva”, indica Dra. Martha.
A Oftalmologista enfatiza que em casos alérgicos ou virais, pode ser acompanhada de espirros e coriza. Em outras situações, a Conjuntivite pode vir acompanhada por febre e dor de garganta, sinais do adenovirus.
Alguns fatores podem aumentar o risco de contrair a doenças, como:
Falta de higienização das mãos antes de ingerir alimentos ou tocar partes do rosto, como nariz e boca;
Interação com uma pessoa com conjuntivite viral ou bacteriana;
Contato com produtos ou substâncias alérgicas para a pessoa;
Imunidade baixa;
Uso prolongado de lentes de contato.
Dra. Martha Solange Vieira Bergamo, Oftalmologista do Ambulatório Cambuci, explica que a conjuntivite tem cura e, geralmente, um bom prognóstico. “Normalmente, a doença persiste de sete a quinze dias. Se dentro deste período, o tratamento não apresentar resultados positivos e o paciente piorar, será necessária uma reavaliação”, completa a especialista.
A prevenção contra a conjuntivite é simples, mas demanda atenção por parte das pessoas:
Lave o rosto e as mãos com frequência;
Nunca coce os olhos antes de higienizar as mãos;
Não compartilhe objetos pessoais, como toalhas e produtos de maquiagem;
Troque os lençóis da cama semanalmente;
Evite nadar em piscinas sem o equipamento adequado;
Não use colírios sem prescrição médica;
Evite substâncias irritantes;
Não tenha contato físico com pessoas diagnosticadas com conjuntivite;
Sempre limpe os objetos que podem ser compartilhados.
A Oftalmologista explica que o tratamento da conjuntivite é determinado pelo agente causador da doença. “Em casos de bacteriana, o tratamento é feito com colírios antibióticos, prescritos somente pelo oftalmologista. Em situações alérgicas, é recomendado o uso de anti-histamínicos ou corticoides tópicos. Para quadros virais, não existem medicações específicas. É importante lembrar que cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença”.
Se você está com algum dos sintomas citados, a Cruz Azul de São Paulo conta com Oftalmologistas preparados para atender e indicar o melhor tratamento para o seu caso. Agende sua consulta.