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Diagnóstico e Tratamento Cardiopatias

Diagnóstico e Tratamento Cardiopatias

ESTUDOS HEMODINÂMICOS

3 de janeiro de 2018

Especialistas explanam sobre métodos diagnósticos e terapêuticos para tratamento de cardiopatias

Prezando pelo atendimento humanizado e com alto padrão de qualidade, o Serviço de Hemodinâmica da Cruz Azul realiza procedimentos minimamente invasivos a fim de diagnosticar e tratar uma ampla variedade de doenças cardíacas, neurológicas e vasculares periféricas, por meio da inserção de delicados dispositivos e cateteres, orientados pela angiografia. Estas são opções terapêuticas eficazes e muito menos agressivas, que proporcionam menor morbidade e um tempo de recuperação mais breve para os pacientes.

O cateterismo cardíaco, também conhecido como cinecoronariografia, angiografia coronária ou estudo hemodinâmico, é um procedimento diagnóstico, invasivo, cujo objetivo principal é avaliar a anatomia do sistema cardiovascular. É realizado através da injeção de contraste iodado dentro das artérias, veias ou cavidades do coração. Os cateteres, responsáveis pela injeção do contraste, são tubos longos, introduzidos através de punções arteriais ou venosas e guiados por um equipamento especial de Raios-X.

O exame engloba a aquisição e geração de imagens que são posteriormente disponibilizadas em filme digitalizado em CD e no Sistema de Arquivamento e Distribuição de Imagens (PACS, do inglês Picture Archiving and Communication System). Com essa tecnologia, os médicos de todas as Unidades da Cruz Azul podem ter acesso aos laudos e imagens do procedimento, após o término do mesmo.

A região da virilha e do punho são os locais mais frequentemente utilizados. Este procedimento é realizado com anestesia local e não há a necessidade de pontos (suturas).

Uma das indicações mais frequentes do cateterismo cardíaco é a verificação de obstruções (estenoses) nas artérias coronárias, que são os vasos responsáveis pela irrigação do próprio coração. Nesse sentido, o procedimento pode ser programado (eletivo), na detecção de Doença Arterial Coronária (DAC) estável ou em caráter de urgência, na suspeita de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Nos casos de IAM, essa interrupção aguda do fluxo sanguíneo pode ser tratada pela Angioplastia Transluminal Coronária (ATC).

Também conhecida como Intervenção Coronária Percutânea (ICP), a ATC é um procedimento terapêutico, invasivo, realizado com o objetivo de tratar uma ou mais obstruções nas artérias do coração, muito semelhante ao cateterismo diagnóstico no que se refere ao preparo, acesso vascular e sensação do paciente, embora um pouco mais demorado.

O médico irá dilatar a obstrução da coronária com um cateter-balão (angioplastia) e, na maioria das vezes, será colocada uma prótese endovascular para ser utilizada no interior dos vasos, conhecida como “stent”.

O stent é um pequeno tubo de metal, semelhante a uma mola, utilizado para manter a artéria aberta. Podem ser feitos apenas de metal ou ainda com a cobertura de uma medicação que ajuda a inibir a resposta cicatricial exacerbada (stent farmacológico), a qual pode resultar na reobstrução do mesmo (reestenose). O médico assistente e o médico operador, em consenso, indicam o procedimento ATC e o tipo de stent adequado para cada paciente, de acordo com a complexidade das lesões, o risco de sangramentos, a idade, a presença de diabetes etc.

Assim como no cateterismo, o procedimento de angioplastia pode ser realizado em caráter eletivo (programado) ou em casos de urgência, para o tratamento de IAM. Conhecido popularmente como “ataque cardíaco”, caracteriza-se pela ausência ou diminuição abrupta da circulação sanguínea para o coração, o que priva o músculo cardíaco (miocárdio), no local acometido, de oxigênio e de nutrientes, causando lesões importantes que podem resultar na morte de suas células, conforme o tempo de duração da obstrução.

Com isso, o funcionamento do coração, que trabalha como uma bomba mecânica, pode ser seriamente afetado. O bloqueio ao fluxo de sangue habitualmente deve-se à obstrução de uma das artérias coronárias, sobretudo em razão de um processo inflamatório associado à presença de placas de colesterol em suas paredes, a chamada aterosclerose. Na prática, o sangue fica impedido de circular devido à formação de coágulos na região dessas placas.

O IAM é uma doença grave, que está entre as principais causas de morte no mundo. No entanto, quanto antes a pessoa receber atendimento médico diante dos primeiros sintomas, maiores serão suas chances de sobrevida.

A angioplastia primária, em caráter de urgência, é o tratamento mais efetivo para o IAM. A equipe de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista da Cruz Azul está à disposição para a realização desse procedimento, em caráter de sobreaviso, 24h por dia, de segunda a segunda.

Os procedimentos terapêuticos minimamente invasivos endovasculares (punções periféricas de artérias e veias), têm se expandido de forma exuberante nos últimos anos. Atualmente, os defeitos congênitos do coração, como: Comunicação Interatrial (CIA), Comunicação Interventricular (CIV), doenças orovalvares como Estenose Aórtica (EAO), Estenose Mitral (EM) e Insuficiência Mitral (IM) podem ser tratados por meio da Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.

A opção pelo tratamento endovascular minimamente invasivo ou pela cirurgia cardíaca convencional é feita de forma individualizada, mediante o consenso do “Heart Team”, que é o grupo formado pelo Cardiologista Clínico, que conduz o caso como médico assistente, pelo Cardiologista Intervencionista – Hemodinamicista e pelo Cirurgião Cardíaco.

Por Dr. Adriano Galhardo
Médico Vascular da Cruz Azul
Por Dr. Leonardo Cao
Médico Cardiologista da Cruz Azul

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