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Imunização em dia

VACINAS EM DIA

18 de fevereiro de 2020

Infectologista da Cruz Azul reitera a importância da imunização, em face do recente surto de sarampo e da possibilidade do retorno de doenças que já haviam sido erradicadas
Há muito se reconhece a prática de vacinação como um dos pilares de qualidade de vida. Foi ela que permitiu o desenvolvimento saudável de milhares de crianças pelo mundo todo.  Infelizmente, em 2018, os índices de cobertura vacinal não foram adequados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, no início de 2019, a lista das dez principais ameaças à saúde global do ano. Entre elas, constam os surtos de doenças preveníveis por vacinação.

Segundo a entidade, a hesitação, a relutância ou a recusa para vacinar, apesar da disponibilidade da dose, ameaçaria reverter o progresso feito no combate a doenças evitáveis por imunização. 

O sarampo, por exemplo, teve aumento de 30% nos casos em todo o mundo. “A vacina é uma das formas mais custo-efetivas para evitar doenças – atualmente, previnem-se cerca de 2 a 3 milhões de mortes por ano”, diz a OMS. 

No Brasil, vivenciamos um surto de sarampo durante esse ano, particularmente em São Paulo. Foram várias campanhas realizadas pelo governo, já que se trata de uma doença altamente contagiosa, tendo sido uma das principais causas de mortalidade infantil no país, antes da introdução da vacina. Também causa muitas complicações secundárias, principalmente em pessoas desnutridas e imunodeficientes, sendo as principais: pneumonia, otite, diarreia e até complicações neurológicas tardias.

Por esta razão, é preciso conscientizar toda a população quanto aos benefícios e a segurança das vacinas, tendo como grande argumentação que a doença adquirida é muito mais perigosa do que possíveis eventos adversos que a sua vacina pode fortuitamente causar.

ESQUEMA DE VACINAÇÃO DE ROTINA ATUAL CONTRA O SARAMPO
Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde
Crianças acima de 1 ano: duas doses – a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de vida; se a criança receber uma dose de bloqueio ou de campanha antes dos 12 meses, esta será considerada a dose zero
Pessoas de 1 a 29 anos: duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas
Pessoas entre 30 e 59 anos: 1 dose
Pessoas acima de 60 anos: não há recomendação de vacinar, pois é provável que tenha tido a doença no passado
Profissionais da saúde: duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias
Mais informações: www.familia.sbim.org.br
Apesar das recomendações acima, cada caso pode ter uma avaliação médica diferenciada, diante de circunstâncias distintas. Por esta razão, fale sempre com o seu médico sobre quais vacinas são indicadas para você, conforme a idade, condição clínica e seus riscos.

PREVENÇÃO DE INFECÇÕES NA CRUZ AZUL
O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da Cruz Azul é responsável pela notificação compulsória de agravos aos órgãos governamentais – Vigilância Epidemiológica. Desta forma, é o setor que recebe as notificações dos médicos que prestam o primeiro atendimento aos pacientes com suspeita de doenças como o sarampo. 

É feita uma triagem de cada caso, analisando se corresponde aos critérios de suspeita diagnóstica. Se sim, encaminhamos a ficha e a amostra de sangue ao Instituto Adolfo Lutz e, ao mesmo tempo, notificamos a Vigilância, que segue os procedimentos próprios, inclusive visitas domiciliares e vacinação de bloqueio, quando indicado.

O SCIH também esclarece dúvidas de médicos, enfermeiros e demais profissionais da instituição, orientando quanto ao quadro clínico e a melhor conduta em cada situação. Ainda há eventualidades em que os clientes solicitam orientações por telefone. Além disto, a equipe promove diversas iniciativas de prevenção na instituição.

JOYCE MARI STOCCO
Infectologista do Controle de Infecção Hospitalar da Cruz Azul
e Mestre em Doenças Infecciosas

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